É o setor da engenharia voltado para o cultivo, a captura e a industrialização de organismos aquáticos. O engenheiro de pesca estuda e aplica métodos e tecnologias para localizar, capturar, beneficiar e conservar peixes, crustáceos e frutos do mar. Suas atividades básicas são o planejamento e o gerenciamento das atividades pesqueiras voltadas para a industrialização e para a comercialização do pescado. Em aquicultura, atua na criação e na reprodução de peixes, crustáceos e moluscos em cativeiro. Dimensiona e implanta fazendas aquáticas em lagos, rios, barragens e no oceano. Pesquisa o beneficiamento e a conservação dos animais e acompanha sua industrialização e distribuição no mercado consumidor. Instala e mantém motores e equipamentos mecanizados usados em operações de pesca, beneficiamento e processamento.
O mercado de trabalho
São boas as perspectivas para o engenheiro de pesca e aquicultura no Brasil. O país tem uma extensa costa e um grande potencial para o cultivo, para a exploração e a captura de peixes, mas a mão de obra especializada ainda é escassa. As empresas de produção de pescado espalhadas por todo o país costumam abrir vagas com frequência. Os frigoríficos integram a cadeia voltada à exportação e oferecem mais oportunidades a quem tem especialização em tecnologia de pescado. Na Região Centro- Oeste, novos frigoríficos têm sido abertos, e isso incentiva a piscicultura, em especial do pintado. No Pantanal, essa é uma atividade que deve crescer, como forma de evitar a pesca, que tem provocado a degradação das espécies. No Nordeste, aumenta a procura por profissionais para beneficiamento, processamento e transformação em produtos do camarão. Na Bahia e no Ceará, há vagas nos projetos de maricultura (a aquicultura de águas marinhas, que inclui, além dos camarões, a criação de mexilhões, peixes, ostras etc.). No Nordeste, de forma geral, é alta a demanda por engenheiro de pesca para embarcar e acompanhar o processo de captura de peixes, como atum e beijupirá, e camarões. O serviço pode ser bem pago porque o profissional recebe comissão pela produção. O Rio Grande do Norte e o Rio de Janeiro ganharam novos terminais pesqueiros. No Sul, aumenta a produção de trutas e moluscos, que incluem mexilhões, ostras e vieiras, levando à abertura de novas vagas. No Centro-Oeste, especialmente em Brasília, há chances na consultoria para empreendimentos em aquicultura. Nas regiões Norte, Sudeste e Sul cresce a criação de peixes de água doce, em especial pintado, tilápia, pacu e dourado. "O momento na Região Norte é muito favorável para esses profissionais. Não damos conta de preencher as vagas que os novos projetos de aquicultura geram", diz Carlos Eduardo Rangel, coordenador do curso de Engenharia de Pesca da UFPA. Em todo o Brasil, os engenheiros de pesca e aquicultura têm sido chamados por instituições como o Ibama e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade) para realizar projetos de conservação ambiental. E, com o crescimento desses cursos nos institutos federais - antigos Cefets -, aumenta a demanda por professores.
Salário inicial: R$ 3.060,00 (6 horas diárias; fonte: Crea-SP).
Salário inicial: R$ 3.060,00 (6 horas diárias; fonte: Crea-SP).
O curso
As disciplinas das áreas das ciências exatas e biológicas, como cálculo, estatística, ecologia e zoologia, fazem parte do currículo no primeiro ano. O estudante tem, ainda, aulas de biologia pesqueira, bioquímica, meteorologia e tecnologia de pesca, aquicultura, economia e administração pesqueira. As aulas práticas, em laboratório e a bordo de barcos, ocupam boa parte da carga horária. Nelas, o aluno aprende técnicas de navegação, métodos de processamento do pescado e cultivo de peixes, moluscos e crustáceos. Para se formar é preciso fazer estágio e apresentar uma monografia. Fique de olho: Na maior parte das instituições, o curso é de Engenharia de Pesca. Na UFSC e na UFFS-PR, a graduação é em Engenharia de Aquicultura. Na UFRN e na UFMG é Aquicultura e Aquacultura, respectivamente.
Duração média: cinco anos.
Outros nomes: Aquacultura; Aquicultura; Eng. de Aquicultura; Eng. de Pesca.
Duração média: cinco anos.
Outros nomes: Aquacultura; Aquicultura; Eng. de Aquicultura; Eng. de Pesca.
O que você pode fazer
Administração e economia pesqueira
Planejar, implantar e gerenciar empresas pesqueiras.
Aquicultura
Projetar fazendas e viveiros e desenvolver técnicas para a criação de organismos marinhos e de água doce. Estudar a viabilidade econômica, técnica e jurídica de empreendimentos de aquicultura e dar consultoria em fazendas aquáticas.
Ecologia aquática
Estudar ecossistemas aquáticos de modo a garantir a exploração dos recursos sem danos ao meio ambiente.
Extensão pesqueira
Orientar comunidades de pescadores para aumentar a produtividade e o desenvolvimento econômico e social da região.
Investigação, planejamento e tecnologia pesqueira
Pesquisar o potencial pesqueiro de uma região e elaborar programas para seu desenvolvimento. Criar técnicas de localização e captura de animais aquáticos.
Produção
Desenvolver técnicas de criação de peixes (piscicultura), mariscos (maricultura), camarões (carcinicultura) e plantas aquáticas.
Tecnologia do pescado
Fazer o controle sanitário e inspecionar a conservação, o beneficiamento e a industrialização do pescado, agregando valores e desenvolvendo novos produtos.
2 comentários:
como faço esse curso?
Postar um comentário