Em virtude das notificações recebidas do setor produtivo do aumento da mortalidade de camarões na região nordeste, o Ministério da Pesca e Aquicutura (MPA) deu prosseguimento a algumas ações. Fiscais do MPA realizaram coleta de amostras de camarões e pós-larvas em propriedades selecionadas no nordeste brasileiro. Conforme resultado encaminhado por laboratório oficial, foi detectada a ocorrência do vírus da doença das manchas brancas (WSDv) em algumas das amostras analisadas. Todas as fazendas onde o vírus da WSDv foi detectado, assim como os órgãos estaduais de defesa sanitária animal, receberam relatório da Coordenação-Geral de Sanidade Pesqueira/DEMOC/SEMOC com os resultados laboratoriais e com recomendações de medidas de biossegurança baseadas em boas práticas aquícolas.
O vírus da doença das manchas brancas recebe esse nome porque uma das possíveis manifestações clínicas da enfermidade é a formação de manchas brancas na carapaça dos animais acometidos. A doença das manchas brancas não é uma zoonose (doença transmissível de animal para o homem), portanto, não representa nenhum perigo para o consumo humano. Trata-se de uma doença de impacto econômico por ser capaz de acarretar prejuízos ao produtor de camarão em fazendas. Algumas fazendas de camarão podem conviver com a doença sem, contudo, apresentar grandes problemas de produção porque os animais se mantêm assintomáticos ou apresentam sinais clínicos de baixo impacto na produtividade.
Como medidas de controle da doença, o Ministério da Pesca e Aquicultura definiu medidas de biossegurança como o tratamento dos resíduos do beneficiamento dos camarões das fazendas acometidas, além de fortalecer as ações junto aos órgãos executores de defesa sanitária animal nos estados.
Para balizar as ações governamentais em relação à ocorrência de enfermidades de animais aquáticos no País, é necessário um diagnóstico da situação sanitária da produção nacional. Neste sentido, medidas de vigilância epidemiológica nas propriedades produtoras de camarão serão reforçadas e o MPA já está empenhado em executar inquéritos epidemiológicos (incluindo estudo de prevalência de doenças de camarão marinho) para definição de políticas públicas alinhadas à realidade sanitária atual.
O Ministério da Pesca e Aquicultura, como responsável pela proteção da saúde de animais aquáticos, desempenha suas atividades em parceria com os órgãos estaduais executores de sanidade animal. Prezado carcinicultor, em caso de suspeita da ocorrência de doenças transmissíveis em animais aquáticos ou mortalidades acima da média em sua propriedade, comunique imediatamente o serviço veterinário oficial do seu estado, assim como a Secretaria de Monitoramento e Controle da Pesca e Aquicultura, Ministério da Pesca e Aquicultura – MPA, SBS Qd.2 Lote 10 Bloco "J", sétimo andar, Brasília - DF 70.070-120 ou pelo email sanidade@mpa.gov.br.
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