Ministro entrega 1.605 licenças


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O ministro falou sobre a importância de garantir o futuro da atividade
FOTO: TUNO VIEIRA
As autoridades do setor pesqueiro aproveitaram a data para homenagear os pescadores do Ceará e conceder as licenças

            Como parte das comemorações do Dia do Trabalho, o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, em companhia do secretário de Planejamento e Ordenamento da Pesca do Ceará, Flávio Bezerra, esteve em diversas comunidades pesqueiras no Estado, onde entregou um total de 1.605 licenças de embarcação para a pesca da lagosta, que terá início no dia 1º de junho, quando termina o período do defeso. Na manhã de ontem, na capital, pescadores deram as boas vindas à comitiva do Ministério em tom de comemoração, no Porto da Jangada, no Mucuripe.

Com quase 60% das três mil embarcações brasileiras com permissão do Ministério da Pesca e Aquicultura para a atividade, o Ceará, hoje, é o maior produtor de lagosta do País. As licenças para a pesca faziam parte de uma reivindicação da classe desde o ano de 2007, conforme afirma o presidente da Colônia de Pescadores Z-O, Possidônio Soares Filho.

Segundo ele, o setor pesqueiro ainda é carente de boa vontade, e a criação do Ministério da Pesca só veio para ajudar no trabalho desses profissionais. "Para nós é um momento ímpar, me sinto muito feliz por darmos mais este passo", afirma. Ainda conforme o pescador, é preciso que, aliado às novas licenças, se tenha também uma maior fiscalização e conscientização por parte do próprio profissional da pesca, a fim de preservar e garantir a continuidade da atividade.

"Muitas irregularidades ainda são vistas por falta de uma fiscalização mais rigorosa, e devido a essa carência, muitos pescadores não criam uma consciência própria do que deve ser respeitado. Sabendo trabalhar, a pesca nunca vai acabar", conclui o pescador.

Homenagem

"Eu vim aqui hoje especialmente para prestar uma homenagem justa e solene no Dia do Trabalho ao trabalhador do mar, ao pescador do Ceará, que é produtor de riquezas, homem digno e honrado. Esse homem precisa ter um aplauso do povo brasileiro e não pode ter o Ministério da Pesca como um adversário", afirmou Marcelo Crivella.

Conforme o ministro, a maior preocupação de hoje é que o trabalhador possa pescar de uma forma sustentável e não predatória, para que as futuras gerações continuem tendo o privilégio de desfrutar da lagosta, sendo a política do defeso uma forma de controle sobre isso, além de destacar que o Ministério trabalhou para desburocratizar os processos e agilizar a entrega das licenças antes do termino do defeso, possibilitando assim uma organização prévia do setor antes do início da temporada.

"Após esse período espero que a produção deste ano bata o recorde do anterior e que a gente possa, em conjunto, trazer sustentabilidade à nossa atividade, e continuar promovendo as riquezas de que o país precisa", completou o ministro.

De acordo com o presidente da Federação Cearense dos Pescadores, Raimundo Félix, a falta de licenças prejudica o desenvolvimento da atividade, e a Federação do Ceará se encontra de braços abertos para o Ministério no sentido de se promover um trabalho conjunto para o bem do setor pesqueiro.

Demanda 


Félix afirma, contudo, que o ideal seria a disponibilização de um número maior de licenças, para atender toda a demanda. "Hoje temos comunidades com 50 barcos, onde só dois deles possuem licença", exemplifica.

O Brasil captura aproximadamente sete mil toneladas de lagosta por ano. Além do Ceará, as licenças são destinadas a embarcações de outros estados Nordestinos, como Pernambuco, Alagoas, Bahia e Piauí.

RENATO BEZERRA
ESPECIAL PARA CIDADE

fonte: diário do nordeste

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