Imagem: Reprodução | Ciência Hoje (Portugal)
Construir robôs autônomos para analisar a qualidade das águas e alertar para a degradação da qualidade ambiental e para a perda de estirpes locais devido à atividade de aquacultura; aliar a robótica e a inteligência artificial à biotecnologia marinha para desenvolver instrumentos autônomos capazes de rentabilizar a atividade da aquacultura nas zonas costeiras – são os dois grandes objectivos dos dois protocolos que o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC Tec) vai assinar no âmbito da segunda edição do Fórum do Mar, a decorrer durante a próxima semana, na Exponor.
O primeiro cria uma parceria com o novo Instituto Português do Mar e Ambiente (IPMA), o maior laboratório do Estado português para as atividades do mar e que resultou da fusão do Instituto de Investigação das Pescas e do Mar e do Instituto de Meteorologia, e destina-se à exploração da aquacultura off-shore. O segundo protocolo centra-se em atividades de aquacultura on-shore e tem como parceiro o Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMAR-LA), que está a comemorar com o INESC TEC o 10º aniversário de estatuto de Laboratório Associado do governo português.
As atividades no âmbito destes protocolos arrancam já em Junho deste ano e as primeiras tecnologias conjuntas devem estar concluídas ainda em 2013. Pretende-se unir competências e sinergias complementares para reforçar a capacidade nacional de produzir e de exportar novas tecnologias robóticas marinhas, áreas que suscitam cada vez mais interesse por parte dos investidores estrangeiros.
A costa portuguesa apresenta um potencial único para o desenvolvimento da aquacultura. Dados recentes apontam para a sobreexploração de 72 por cento dos recursos pesqueiros e Portugal está no 11º lugar no ranking europeu dos países que mais cedo têm de ir buscar o pescado fora das águas européias.
Fonte: Ciência Hoje (Portugal) por Redação
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