O grupo de pesquisa fez necrópsias em 67 pássaros e descobriu que 92,5% deles tinham plástico no estômago
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Os fulmares do norte se alimentam exclusivamente no mar e retêm o plástico ingerido por longos períodos de tempo, o que os torna indicadores ideais do lixo marinho
A poluição de plástico na costa noroeste dos Estados Unidos está alcançando o nível de lixo do Mar do Norte, de acordo com um estudo liderado por um pesquisador da Universidade da Colúmbia Britânica.
O estudo, publicado no site do Marine Pollution Bulletin, examinou os conteúdos estomacais de fulmaresmortos nas costas da Coúmbia Britânica, no Canadá, e nos estados de Washington e Oregon, EUA. “Como o canário na mina de carvão, os fulmares do norte são os sentinelas da poluição de plástico nos nossos oceanos,” diz Stephanie Avery-Gomm, a chefe do estudo e estudante de zoologia da universidade. “O conteúdo de seus estômagos fornecem retratos da poluição em uma grande área do Pacífico Norte.”
Os fulmares do norte se alimentam exclusivamente no mar eretêmo plástico ingerido por longos períodos de tempo, o que os torna indicadores ideais do lixo marinho. Análises destes pássaros tem sido usadas para monitorar a poluição de plástico no Mar do Norte deste os anos 1980. Quando comparadas a mensurações anteriores, as atuais mostram um aumento substancial no lixo nas últimas quatro décadas.
O grupo de pesquisa fez necrópsias em 67 pássaros e descobriu que 92,5% deles tinham plástico no estômago. Foi encontrada uma média de 36,8 peças por pássaro. Um deles tinha 454 pedaços de plástico no estômago. O peso médio foi de 0,385 grama.
“O fulmar adulto pesa em média 2,25 quilos,” diz Avery-Gomm. “Um peso de 0,385 parece ser inconsequente para nós, mas é o equivalente a cinco por cento da massa corporal deles. Seria como se um ser humano carregasse 50 gramas de plástico em seu estômago.”
“Apesar da proximidade de Grande Mancha de Plástico, uma área de poluição concentrada no meio do Pacíico Norte, o lixo ainda não tinha sido considerado um tema de preocupação em nossa costa,” afirma ela. Os pesquisadores propõem uma monitoração anual da poluição e estratégias eficazes de redução dos resíduos no mar, relata o Science Daily.
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