Garra de camarão


Estrutura de garra do camarão mantis é leve e resistente a impactos e pode ser incorporada em carros e aviões

ImagemImagem: Reprodução | Nanyang Technological University por Silke Baron
Armaduras militares, veículos e mesmo aviões poderiam ficar mais leves e resistentes se incorporassem a estrutura original das garras do camarão mantis. Isso porque, segundo cientistas, elas contêm uma estrutura que harmoniza os dois ítens. A descoberta da Universidade da Califórnia em conjunto com a Faculdade de Engenharia Bourns foi divulgada nesta quinta-feira (7), na revista “Science”.

O crustáceo de 4 polegadas de comprimento é encontrado em águas tropicais e tem um poder de aceleração 

mais rápido que uma bala calibre 22. Seus golpes repetidos podem destruir conchas de moluscos e exoesqueletos de caranguejos, mesmo sendo estruturas resistentes a impactos.

David Kisailus, da Faculdade de Engenharia Bourns, e sua equipe de pesquisadores descobriram que as garras do crustáceo possuem uma estrutura bastante complexa que a torna mais resistente do que muitas obras de engenharia.

Sua superfície tem uma alta concentração de um mineral semelhante ao encontrado em ossos humanos, que suporta o impacto quando o crustáceo é atacado. Já a parte interior e as laterais contêm camadas de fibras de quitina (um tipo de açúcar complexo) que agem como um amortecedor e mantêm as garras intactas.

“Essa estrutura é dura, ainda que leve e resistente, o que a torna extremamente tolerante a impacto e resistente ao choque. É o Santo Graal para os engenheiros de materiais”, disse Kisalius.

Ele dá exemplos práticos de como a descoberta poderia se transformar em tecnologia: os carros elétricos poderiam ter menos peso e reduziram o consumo de energia. Os aviões também seriam mais leves e, assim, reduziriam os custos com combustíveis.

No entanto, a grande ambição do cientista é usar a descoberta para diminuir o peso da armadura militar. Seu objetivo é desenvolver um material que tem um terço do peso e da espessura dos já existentes.

Fonte: G1 com informações da revista "Science"

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